quarta-feira, 3 de julho de 2013

PENSANDO EM VOCÊ

PENSANDO EM VOCÊ
Valmon Lopes

Quando pensares nas flores
Um buquê de rosas para ti, dou-lhe;

Então perceberás que alguém te ama
E esse alguém sou eu

Meu coração palpita sempre
Quando sempre penso em você
Contigo quero navegar no mar desse prazer

Foi difícil para me conter em
dar aquele beijo que eu te dei
então eu quero mais eu sei que sei

Quando olho nos seus olhos
quero todas as coisas indo bem
se beijares minha boca,
sintirei seu coração e então? será nossa paixão?

UMA REFLEXÃO


UMA REFLEXÃO: 

Há uns 70 dias, mais ou menos isso, conheci o Ricardo Santos no Hospital do Câncer em São Paulo, estava no corredor aguardando as enfermeiras nos procedimentos de praxe  – curativos, troca de medicação, etc, assistidos a minha esposa Sandra – foi quando nós passamos a falar sobre vários temas do cotidiano dessa nossa vida - espiritualidade, escritos, escritores e até política - fiquei  satisfeito em conhecer o Ricardo, estava diante de um uma pessoa de magnífica capacidade intelectual e bem conhecedora do que fala, gostei, trocamos e-mails, facebook e tornamo-nos amigos o que é um orgulho para mim. Hoje ao visitar seu blog >  http://vozdiscordante.blogspot.com.br  li alguns significativos escritos, dentre eles este que a seguir peço permissão para reproduzir, uma vez que se trata de um relato emocionante e nos traz uma reflexão de vida, e agora também lembro de que naquela ocasião eu presenciei vários casos de resignação nessa nossa efêmera passagem por essa baixa terra.

Caro RICARDO, você é um grande ser humano, seu trabalho voluntário de levar conforto espiritual aos necessitados, é de grande valia além de digno do meu aplauso. Por isso quero compartilhar nessa minha pagina do Facebook  EM SUA HOMENAGEM, pelo seu exemplo pratico de fraternidade, você é um homem de Deus e pratica a verdadeira mensagem de Jesus.

OBRIGADO AMIGO, ABRAÇOS FRATERNOS.

Valmon Lopes Pinto

SP/Capital, 04/07/13


blog do valmon   http://valmonlopes.blogspot.com

==================== veja a seguir =============================

 


Por Ricardo Santos,

 

Conheci João Alfredo, de 78 anos, no hospital do câncer. Ao passar pelo corredor, acenou para mim. Fui ao seu leito. Em silêncio, fiquei a observá-lo. Estava no isolamento com infecção generalizada. Macérrimo, o sangue brotava de seu corpo esquálido feito vulcão de lama. Não havia mais o que fazer. A medicina se mostrava impotente ante seu quadro clínico. Eram seus minutos finais.

Ao seu lado, pude perceber que era uma pessoa muito alegre e divertida. Falava com muita dificuldade. Sua dor e sofrimento eram enormes. Não o vi reclamar da vida, de Deus e da doença. Ele sabia que aqueles minutos eram derradeiros. Sua maior vontade era rever os filhos e a esposa. Eles o abandonaram e não queriam saber dele. Por sua vez, já não tinha forças suficientes para lutar pela sua vida. Ainda assim, mostrava-se resignado. Digno.

 

Conversamos alguns minutos e confesso que aprendi muito. Falava com uma humildade ímpar. Fiquei muito emocionado. Era como se fôssemos velhos amigos. Nele não havia vaidade, orgulho, inveja, ganância e o velho egoísmo humano. Aos meus olhos, parecia que não estava neste mundo. Seus olhos mostravam isso. Além disso, mostrou-se dono de uma fé enorme. Maior que uma montanha. Por fim, disse: ''quero voltar a ser uma criança saudável, alegre e feliz que sempre fui''.

Gente! Como é triste ser abandonado num hospital. Feito cachorro jogado na rua. Finalmente, sua mão caiu para o lado. João Alfredo partiu. Ali, percebi o quanto a vida é breve e que vale a pena, realmente, ser vivida da melhor maneira possível. O fato é que, quase sempre, nos esquecemos disso. Outra coisa: ele confidenciou que a doença o ensinou a ter fé em Deus, ter paciência, ter esperança e viver um dia por vez.