quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ACONTECEU COMIGO

UM RARO ACONTECIMENTO,
Ocorrido comigo no mês de março de 2007; numa noite de terça para quarta feira. Nesses últimos tempos, tenho trabalhado de forma diferente. Fico na Fazenda Ouro Branco, do meu irmão Valtér. Lá, fica numa região aonde não tem nenhum tipo de conexão ou comunicação a não ser quando pessoas passam numa estradinha que fica em frente - uns 100 metros - à casa de máquinas, local que eu fico durante todo o tempo. Geralmente vou dormir as seis da tarde, acordo a primeira vez por volta das duas da madrugada, vou até a janela e fico a contemplar a escuridão da noite. Existem diferentes ocasiões, dias em que o tempo não está bom; é só escuridão orquestrada com cantigas de sapos, grilos e cobras, más tem os dias bonitos de sol, vento e à noite limpa com muitas estrelas. Não tenho nenhum tipo de medo. Fico só, sinto uma presença espiritual que não dá pra explicar; em resumo, sinto-me ser observado e não consigo me comunicar. Isso me deixa confortavelmente feliz. Tem noites e noites, numa dessas, aconteceu algo de extrema emoção: A noite estava linda e o céu cheio de estrelas. Ao meu lado direito eu via o cruzeiro do sul, mais embaixo a estrela Dalva – na verdade ela é o Planeta Vênus - que brilhava de forma intensa. Vi também mais acima, quase no centro do céu, a Constelação Escorpião e mais adiante a Via Láctea com sua aparência leitosa.É difícil explicar, más quero na minha limitação de expressão expressar o transporte a que me senti; de repente! Como num sono leve e consciente, fui transportado para um lugar que não sei definir com um nome exato. Contudo, senti uma sensação de recém chegado numa nova dimensão com uma beleza e gigantismo de imensa superfície de plumas gasosas, aonde se poderia passear de forma ilimitada num horizonte astral, de dimensão infinita num cenário de crepúsculos variados repletos de cores, sendo as mais simples como a do nosso arco íris. Num ambiente paradisíaco, vi paisagens inexplicáveis, túneis iluminados em corres psicodélicas e suaves que ligavam outras regiões, aonde se discurtinava novos panoramas de magnífica harmonia e paz. Sentia-me conduzido por alguém que transmitia segurança e conforto, parece que compartilhava comigo a satisfação de conduzir-me. Hora alguém me explicava, hora eu buscava como se conhecesse ou já estivesse passado por aquele lugar, não me sentia estranho e os transeuntes me olhavam com ar de satisfação de quem está recebendo alguém. Os gestos e atitudes eram mansos com fundo musical angelical. Subi uma escada tipo as escadas de uma torre muito alta, num determinado instante vejo uma rede na qual os punhos estavam ligados num céu azul suave com lindíssimas nuvens. Eu perguntei ao meu companheiro condutor! Pra que essa rede tão linda de bordados dourados e punhos brilhantes como fios de plásticos que fecham as carteiras de cigarros.Então, sentei-me e quis olhar no horizonte, porém, alguém me disse, fique calmo e olhe para baixo. Aí foi quando eu vi vários continentes em corres proporcionais ao grau de bondade que seus habitantes tinham. Diseram-me, quanto mais bom os habitantes mais cores claras e alegres, elas traduzem a grau de adiantamento espiritual que o orbi se encontra. Veja! lá está sua casa, más não era fisicamente um prédio e sim uma cidade de cores pardas com focos isolados de raios rosas passando a outros pontos em estilo lilás. Prevalecia mesmo era as cores pardas com tendências a clareamentos. Eu tentava me inserir no cenário e cada vez que me envergava, sentia um impulso rumo a uma altura como se estivesse alçado numa corda de elástico que alargava o fundo da rede, possibilitando eu girar com facilidade. Conforme a velocidade o tom musical ia variando, eram sons de harpas intercaladas com violinos e flautas pausadas. Eu me apalpava, e pensava com indagações, más! como e porque cheguei aqui! e depois como será! Vou ficar! E o meu visual está bom! Queria ver-me num espelho e sentia-me de certa forma como quem está bem arrumado, penteado e vestido em rigor de casamento chique. Contudo era como se eu tivesse numa viagem com créditos em grau limitado. Buscava com curiosidade saber quando ia acabar, pois torcia pra não chegar a hora de voltar, ao mesmo tempo sentia a sensação de que me esqueci das pessoas que gosto, então queria chorar de arrependimento e dizia; por favor deixa eu retornar e trazer todas as pessoas que eu me relaciono, quero que elas participem para compartilhar minhas emoções. Ouvia em voz suave, fique calmo esse episódio éi especial pra você. Não se preocupe ou fique ansioso. Nosso tempo é vasto, você não vai se cansar e mais tarde adentrarás no Grande Palácio.A sensação do tempo não me possibilitava cronometrar, apenas eu notava um ar de constância no tempo, em clima ameno parecia um eterno fim de tarde. Por sentir uma sensação de estar passando por lugar que já conheci, buscava uma rua e não alcançava. Perguntava as pessoas, e me diziam é ali, depois daquela arvore. Quando chegava na arvore essa me prendia com beleza envolvente, era muito grande, bem verde de folhas semitransparente; eu pegava alguma folha e colocava na palma da minha mão, o tamanho da folha ultrapassava a minha mão, cobrindo em todos os lados, eu olhava e via nessa, toda a história da planta; quem plantou, quando e suas etapas de dar frutos? . Os frutos eram como uma cereja e tinha um sabor extremamente agradável como se fosse uma graviola. Comecei novamente a ficar curioso, querendo descobrir o porque de está ali e como seria ao adentrar ao Grande Palácio, até aonde eu iria! e lá no Palácio? Quem eu encontraria? Essas indagações me deixava eufórico, me apalpava e não mais era advertido pelo meu condutor. Este, agora dava-me a entender numa vaga lembrança de ainda ter que passar por outros lugares os quais precisaria eu ficar mais preparado para uma viagem. Teríamos de adentrar no Grande Palácio. Alguém me recepcionaria e eu seria entregue à um novo anfitrião. Então, repentinamente eu me dou conta que ao invés de chegar em novo destino, estava mesmo era na janela do meu quarto olhando para o céu e novamente querendo apalpar as lindas estrelas que se apresentavam em brilho ofuscante leve.A relação tempo, era como se tudo estivesse me transportado num intervalo indefinido e que agora ao retornar eu não soube calcular se foi em minutos ou hora. Foi como se eu estivesse dado um mergulho e emergisse novamente pronto pra dar outro mergulho. Só que não mais aconteceu e eu voltei a minha rede e adormeci. Acordei no dia seguinte, bem disposto e com vontade de contemplar esse novo alvorecer. Pela primeira vez na vida, senti-me um ser diferente e privilegiado por ter vivenciado tamanha ocorrência. Sei que não consegui narrar exatamente as maravilhas que vi, apenas minha mente sente uma sensação gostosa e imensurável, tipo quando ouvimos gostosas música e o tempo não foi suficiente para ouvir tudo, então satisfaço-me em notar que noutra ocasião hei de ligar o som e ouvir novos acordes. Se eu morresse agora, partiria muito feliz, pois sei que fui contemplado com algo de bom grado. Finalizo, consciente de que não estou louco nem delirante. Valmon Lopes Bel-Pa, 04.04.07 - 00:32 > Posto nesse Blog, agora dia 14/10/09 às 18:33

Um comentário:

  1. Sr. Walmor, vc não imagina como fiquei emocionada em ver o seu relato,; eu passei uma experiencia dessa forma, apenas com senário diferente. Fiquei super feliz, vc é um homem felizardo, que beleza! adorei, mil beijos, vc é uma maravilha de pessoa, adoraria te conhecer, quero conhecer seu livro, me informe que deposito via boleto bancário.
    Há aqui em Manaus, teriamos uma imesa possibilidade de assistir uma palestra sua, pode ser? quanto vc cobra? lhe aguardo!
    Sou presidene do Centro de Estudos Esotérico da Amazônia. Lhe aguardo, bjs, obrigado

    ResponderExcluir